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A CAARJ 4.0 está com um ciclo de palestras envolvendo as faculdades da região Sul Fluminense, tendo por público alvo os(as) graduandos(as) da região.
A abertura do evento será hoje, 13/09, às 17h.
Para assistir acesse: https://www.youtube.com/watch?v=yTW0UnR2OtI
Estão abertas as Inscrições gratuitas para o Curso de Extensão "Mediação e outras metodologias participativas de administração de conflitos: desafios e perspectivas para a prática".
O Curso visa estimular o desenvolvimento da reflexividade sobre o tema, a capacidade crítica sobre problemas estruturais e cotidianos que impactam sobre os direitos humanos e sociais, muitas vezes invisibilizadas por políticas punitivistas e excludentes em sociedades complexas contemporâneas, em particular as sociedades latino-americanas.
Os painéis acontecerão aos sábados pela plataforma zoom
Inscrições gratuitas até 25/09 pelo formulário:
https://forms.gle/e2LdK9cLtMtKCnfY8
Confira nos cartazes abaixo o cronograma do curso.
Com as participações do coordenador do INCT/INEAC , antropólogo Roberto Kant de Lima e o cientista político Pedro Heitor Geraldo de Barros, acontece essa quinta feira,9 de setembro de 2021, ás 16h, o "I Segurança em Foco: Pesquisa e ensino em segurança pública" . O evento terá transmissão ao vivo pelo Canal do Youtube Ciência 360 - https://www.youtube.com/c/Ci%C3%AAncia360
Para assistir acesse o link https://www.youtube.com/watch?v=aAev1FFJmHQ
Pedro Heitor Barros Geraldo
Bolsista Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ. Professor Adjunto do Departamento de Segurança Pública e Vice-diretor do Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos da Universidade Federal Fluminense (InEAC-UFF). Doutor em Ciência Política pela Université Montpellier 1. Mestre pelo Programa em Pós-graduação em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense (2006) e graduado em Direito pela Universidade Federal de Juiz de Fora (2003). Pesquisador do INCT-InEAC (Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos) e Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Justiça e Segurança (PPGJS-UFF) e do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Direito (PPGSD-UFF). Coordena o Núcleo de Pesquisa em Sociologia do Direito (NSD). Tem experiência na área de sociologia do direito, com ênfase na socialização profissional, nas políticas de organização das instituições, atuando principalmente nos seguintes temas: sociologia política do direito e administração de conflitos.
Roberto Kant de Lima
Possui graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Porto Alegre, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1968), mestrado em Antropologia Social pelo Museu Nacional UFRJ (1978), doutorado em Antropologia pela Harvard University (1986), pós-doutorado na University of Alabama at Birmingham (1990). É Coordenador do INCT-InEAC – Instituto de Estudos Comparados em Administração de Conflitos, Coordenador do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Administração Institucional de Conflitos (NEPEAC/PROPPI/UFF), Professor do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Veiga de Almeida (UVA), Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e do Mestrado em Justiça e Segurança da Universidade Federal Fluminense (UFF), Professor Titular Aposentado do Departamento de Antropologia e Professor Aposentado Adjunto do Departamento de Segurança Pública da Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense. Tem experiência na área de Teoria Antropológica, com ênfase em Método Comparativo, Antropologia do Direito e da Política, Processos de Administração de Conflitos e Produção de Verdades e em Antropologia da Pesca.
Quais os desafios que as políticas de segurança impõe à democracia? Dentro do evento UFRJ+100 , a universidade convidou quatro cientistas sociais pioneiros na análise sobre os padrões de violência da sociedade brasileira realizarão, neste painel, um balanço dos avanços obtidos até agora e propondo uma agenda para a próxima geração, me vista do aguçamento dos problemas de violência e segurança no Brasil. São eles: Roberto Kant de Lima (INCT/INEAC) , Luiz Eduardo Soares, Ségio Adorno (USP) e mediação de Michel Misse (UFRJ). A atividade acontece no modo online nessa quarta-feira, dia 9 de setembro de 2021, às 10h.
O evento UFRJ+100: desafios para o Brasil toma como ponto de partida a comemoração do primeiro centenário da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que aconteceu em 2020, para propor a realização de uma sequência de debates sobre temas de fronteira do conhecimento científico, tecnológico e de inovação, conjugando a análise da evolução do conhecimento nesses últimos 100 anos à projeção de seu desenvolvimento no próximo século.
Um século depois de sua fundação, a Universidade se depara com uma série de transformações que atravessam as relações entre as diferentes áreas do saber, e com as quais deve dialogar. Transformações científicas, tecnológicas e climáticas, mudanças irreversíveis no sistema produtivo interferem e são também influenciadas por novos modos de participação política, que desafiam as noções estabelecidas de democracia e representação.
A programação se estrutura em 17 mesas online, sendo 3 mesas com atividades comemorativas e 14 mesas de debate que articulam diferentes áreas de conhecimento, centros, institutos e departamentos da Universidade a partir de cenários de confluência de desafios comuns. O objetivo do ciclo de debates é estimular o diálogo interdisciplinar, promovendo reflexões conjuntas sobre a sociedade do futuro.
Confira abaixo toda programação do evento e os respectivos links de acesso:
8 de setembro
Mesa 1: Revisitando o processo --- https://youtu.be/NGowoDlOZzo
Mesa 2: O desafio das desigualdades --- https://youtu.be/xlwmbSFutzA
Mesa 3: Crise climática e desenvolvimento --- https://youtu.be/cionJ5MUMec
Mesa 4: Pandemia e desigualdades --- https://youtu.be/CSG5NGzoEgw
Mesa 15: Centenário de pesquisas --- https://youtu.be/7G7qkmDO1A4
Mesa 5: Futuros possíveis --- https://youtu.be/F9Fn3eDbsIc
9 de setembro
Mesa 6: Segurança pública como desafio --- https://youtu.be/jIFRCnoftII
Mesa 7: Transformações da ordem mundial --- https://youtu.be/ButaFY0SGgc
Mesa 8: Mundos do trabalho no século 21 --- https://youtu.be/LcHImkKU9uw
Mesa 9: Neurociência: da importância --- https://youtu.be/MD_xJb0QPO4
Mesa 16: Centenário de dados --- https://youtu.be/EbTvmGmxFKk
Mesa 10: A transformação do Brasil --- https://youtu.be/UkKsfMFWjLc
10 de setembro
Mesa 11: Os direitos sociais e o futuro --- https://youtu.be/g2UiOQSbUCI
Mesa 12: Rio de Janeiro e cidades do futuro --- https://youtu.be/8J3qO_3qadk
Mesa 13: Povos originários e universidade --- https://youtu.be/ctSfptAF3fU
Mesa 14: Educação para adiar o fim do mundo --- https://youtu.be/aEZ2q4coV2Y
Mesas 17 e 18: Comemorações dos 101 anos da UFRJ e Brasil + 200: Lançamento do Bicentenário da Independência --- https://youtu.be/lmxXqPd1nEQ
Academia Brasileira de Ciência reproduz, no seu site, trechos da entrevista do antropólogo Roberto Kant de Lima, coordenador do INCT/INEAC, para o jornal O Estado de São Paulo .
Confira no link abaixo:
Reproduzimos aqui no site a entrevista do coordenador do INCT/INEAC , antropólogo Roberto Kant de Lima (UFF), para o Jornal O Estado de São Paulo .
A entrevista também pode ser lida acessando o link https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,roberto-kant-de-lima-interesses-das-policias-sao-essencialmente-corporativos,70003832585 (apenas para assinantes)
ou o baixando o PDF em anexo.
Roberto Kant de Lima: 'Interesses das polícias são, essencialmente, corporativos'
NONE SEPTEMBER 06, 2021
RIO - O antropólogo Roberto Kant de Lima vê com ceticismo a possibilidade de uma tentativa de ruptura institucional a partir das Polícias Militares em favor do presidente Jair Bolsonaro. “A hierarquia policial está subordinada à hierarquia do Exército”, afirmou, em entrevista ao Estadão, o pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), especialista na área de Segurança Pública. “Fugir disso seria motim, ou então os oficiais-generais teriam que aderir à insubordinação.” Lima observou ainda que a agenda das Polícias Militares é corporativa, e é a combinação desse corporativismo com o conservadorismo que dá força a Bolsonaro nas PMs. Leia trechos da entrevista.
O interesse dos policiais podem até ser, por parte de alguns, o de ter acesso ao poder. Mas os interesses das polícias são, essencialmente, corporativos, no sentido de obtenção de benefícios para a sua categoria profissional, sem considerar, necessariamente, as conveniências e os reflexos disso no resto da sociedade.
Essa aí: corporativa.
Essa agenda é anterior a Bolsonaro, que apenas a adotou, ou ele teve papel decisivo na sua formulação e agitação?
Bolsonaro sempre se identificou politicamente, na qualidade de ex-integrante do Exército, como defensor de interesses militares corporativos. As Polícias Militares no Brasil, desde a Constituição de 1988, são definidas como “militares estaduais”. Entraram nessa categoria inclusive os soldados. Vai daí, as vantagens corporativas militares também passaram a ser reivindicadas por elas, inclusive para a tropa. Expandiu-se o público envolvido.
Esse corporativismo. Além disso, a adoção de uma pauta conservadora e, ultimamente, de uma certa inclinação obscurantista, negacionista de valores contemporâneos, conduzida por alguns líderes que se apresentam como representantes da moral cristã evangélica, também colaboram para a conformação e fortalecimento de análogos pontos de vista: guerra às drogas, homofobia, extermínio de transgressores etc.
O fim da possibilidade de prisão disciplinar do policial militar, adotado no início do governo Bolsonaro, ajudou a criar o atual clima de politização das PMs?
A questão não é essa. Nas PMs, os regimes disciplinares são desiguais para oficiais e praças. E os praças se veem frequentemente punidos administrativamente enquanto os oficiais que com eles transgrediram dificilmente o são. Há, definitivamente, dois pesos e duas medidas. E muitas vezes, como no Rio, de instâncias que aplicam desigualmente essas penalidades nas auditorias militares para uns e outros. Essa é a grande questão da punição na PM: a desigualdade de tratamento, que espelha uma separação, reforçada pela dupla entrada na corporação, uma para os oficiais, outra para os praças, entre quem manda e quem obedece, que fortalece a permanente sensação de impunidade de alguns e traz imensos prejuízos à efetividade do trabalho policial.
Não sei. Mas, se for para ajudar a aumentar a pressão por privilégios, pode acontecer.
Depende do que você chama de politizado. Se quer dizer que o ethos institucional das polícias não está voltado para proteção da sociedade, mas do Estado – e, mais, de alguns funcionários do Estado –, elas estão politizadas desde o século 19. Se for para dizer que empregam meios impróprios para administrar a segurança pública especialmente em desfavor de segmentos específicos da população, elas já fazem isso há bastante tempo.
Não sou cientista político, mas comungo com a ideia de muitos, de que golpes de Estado em países das dimensões econômicas, políticas e sociais do Brasil têm que ser apoiados pelas classes produtoras, pelos servidores do Estado e pelas Forças Armadas. Um lado só não basta. Ademais, no Brasil não há generais na polícia, como há em outros países. A hierarquia policial está subordinada à hierarquia do Exército. Fugir disso seria motim, ou então os oficiais-generais teriam que aderir à insubordinação, para levá-la à frente, comandando-a. Aí já não seria uma insubordinação policial. Isso seria possível? O Exército continua controlando o armamento pesado. A polícia tem efetivo combatente maior, mas, como já apontei, é subordinada constitucionalmente e corporativamente ao Exército. Para um golpe, ou o Exército controla, ou se alia e comanda.
As polícias nas sociedades capitalistas burguesas têm a função de investigar infrações, neutralizar distúrbios de massas e administrar conflitos entre os cidadãos. A nossa polícia não tem nenhuma dessas “missões” como prioridade institucional. Nem mesmo essas atividades contam pontos na produtividade individual e coletiva. O que vale é apreensão de armas e drogas etc, é a atividade criminal. Esta deveria, sempre, ter como prioridade a investigação. É como no filme O Nome da Rosa: de um lado tem o Sean Connery investigando para descobrir as evidências e definir o transgressor; de outro tem o abade inquisidor punindo os suspeitos.
Se nada mudar, com ou sem Bolsonaro, o mesmo, provavelmente. Infelizmente.
EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO INEAC
Jornalista Claudio Salles
Bolsista Bruna Alvarenga
ineacmidia@gmail.com