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Através de um concurso internacional, patrocinado pela Fondation Maison des Sciences de l'Homme - Paris/França, o antropólogo e professor Fabio Reis Mota, pesquisador vinculado ao INCT/INEAC, acaba de ganhar bolsa para fazer pesquisas no exterior.
 
Criado em 1975, por iniciativa de Fernand Braudel, em parceria com  a Secrétariat d’État aux universités, Direction des enseignements supérieurs et de la recherche, o programa "Directeurs d’Études Associés" (DEA) é o programa de mobilidade internacional mais antigo da Fondation Maison des Sciences de l'Homme - Paris/França e possibilita  que pesquisadores  estrangeiros de todos os continentes sejam convidados ä França para realizarem o seu trabalho no país (pesquisas de campo, trabalho em bibliotecas e arquivos).
 
Muitos investigadores de renome internacional foram convidados no âmbito deste programa, contribuindo assim para a formação e desenvolvimento de redes de cooperação científica e para a promoção da pesquisa  francesa no estrangeiro.
 
Os cargos da DEA, com duração de quatro a seis semanas, destinam-se a professores ou diretores de estudos estrangeiros, de todas as nacionalidades, titulares de um doutoramento ou título equivalente e que trabalhem em instituições de ensino superior e investigação.
 

Fábio Reis Mota é Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2001. Realizou o mestrado em Antropologia pela UFF, concluindo-o em 2003; doutorou-se em Antropologia pela mesma instituição em 2009. Realizou estágio de doutorado-sanduíche na Université de Paris X e no CEMS e GSPM da EHESS no período de 2006-2007. Atualmente é professor Adjunto do Departamento de Antropologia/UFF e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA/UFF). É coordenador do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisa (NUFEP/UFF) e Pesquisador do Instituto Nacional de Administração Institucional de Conflitos (INEAC/UFF). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Juridica e Politica. Suas pesquisas estão voltadas para a análise dos processos de demandas de direitos e reconhecimento a partir de reivindicações de "identidades diferenciadas" através de uma abordagem comparativa.

VI Congresso de Antropologia: Desafíos Emergentes- Antropologías desde América Latina y el Caribe

Acontece nesta quarta-feira, 25 de novembro, a Mesa Redonda Dinâmicas das Mortes Violentas e Administração Institucional de Homicídios, com a participação de Michel Lobo e Izabel Nuñez, pesquisadores vinculados ao INCT-InEAC. 

A Mesa acontece às 15:30h via Zoom (ID: 920 7238 4426  Senha: 909958).


Nesta quinta-feira, 26 de novembro, acontece o lançamento do livro "Matar muito, prender mal: Desigualdade Racial como Efeito do Policiamento Ostensivo Militarizado em SP", de autoria da Dra. Maria Carolina Schlittler. O lançamento acontece às 19h no canal do Youtube do GEVAC UFSCAR, com Ms. Henrique Macedo como debatedor.

Reproduzimos abaixo a matéria "Prêmio Lélia Gonzalez: melhor tese de doutorado sobre raça e racismo é da UFF", do jornal A Tribuna.
(clique para acessar)


Prêmio Lélia Gonzalez: melhor tese de doutorado sobre raça e racismo é da UFF

Criado pelo Comitê de Antropólogos Negros da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), o prêmio Lélia Gozalez propõe o reconhecimento da contribuição do pensamento da pesquisadora e intelectual à Antropologia Brasileira e à sua luta contra o preconceito, a discriminação e o racismo. A premiação pretende dar visibilidade à produção original de qualidade das pesquisas desenvolvidas por discentes negros em graduações e pós-graduações de universidades do Brasil.

Rosiane Rodrigues foi a vencedora da primeira edição do prêmio de melhor tese de doutorado com o trabalho intitulado “A luta por modo de vida: as narrativas e as estratégias de enfrentamento ao racismo religioso do Fórum Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (FONSANPOTMA)”, defendido em dezembro de 2019. Ana Paula Mendes de Miranda, orientadora da tese e professora do Departamento de Antropologia da UFF, pontua que a pesquisa da qual a tese resultou foi iniciada em 2008, momento em que Rosiane militava no movimento de combate à intolerância religiosa.

“Desde então, juntamente ao Grupo de Estudos em Antropologia Política e Conflitos, religiões e mobilizações sociais desenvolvemos diálogos abordando a conformação e os efeitos do racismo em terreiros de religiões de matriz africana no Rio de Janeiro, em Alagoas e no Distrito Federal. Ganhar a primeira edição dessa premiação é a consagração de um trabalho que começou a ser desenvolvido há 12 anos”, relata a orientadora.

Roseane destaca que o estudo aponta a mobilização política e estratégica realizada pelo povo de santo, partindo do triste princípio de que o Estado não é garantidor de direitos.

“Além disso, os crimes violentos contra pais e mães de santo também demonstram como ainda existe um pensamento teocrático cristão que baliza a política brasileira. Esses pontos apresentados pela tese contribuem para a construção social da vítima de racismo religioso, que precisa romper com a cosmologia estrutural de socialização dos terreiros”.

A doutora finaliza celebrando a premiação.

“Esse é um prêmio de excelência para minha formação pessoal, além de colocar a UFF em destaque nacional nas pesquisas sobre racismo”.

Confira aqui o artigo de Ana Paula Mendes de Miranda, pesquisadora vinculada ao INCT-InEAC, publicado na Vibrant.

Pesquisadores da UFF trazem reflexões sobre desigualdade racial


Confira clicando aqui a entrevista do Fluminense com Ana Paula Mendes de Miranda e Rosiane Rodrigues, pesquisadoras vinculadas ao INCT-InEAC.

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