DOSSIÊ RELIGIÃO NA PAISAGEM “EM PÚBLICO, É PRECISO SE UNIR”: CONFLITOS, DEMANDAS E ESTRATÉGIAS POLÍTICAS ENTRE RELIGIOSOS DE MATRIZ AFRO-BRASILEIRA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

RESUMO A cidade do Rio de Janeiro tem sido palco de conflitos e processos de mobilização política de religiosos de matriz afro-brasileira, que reivindicam políticas públicas voltadas ao direito de expressar sua religiosidade no espaço público. O objetivo deste artigo é o de problematizar, a partir de distintas experiências etnográficas, como se dá o processo… Continuar lendo DOSSIÊ RELIGIÃO NA PAISAGEM “EM PÚBLICO, É PRECISO SE UNIR”: CONFLITOS, DEMANDAS E ESTRATÉGIAS POLÍTICAS ENTRE RELIGIOSOS DE MATRIZ AFRO-BRASILEIRA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

HOMICÍDIO, SUICÍDIO, MORTE ACIDENTAL… O QUE FOI QUE ACONTECEU?

O artigo discute as práticas dos profissionais responsáveis por classificar uma morte como “homicídio”, suicídio”, “acidente” ou “morte natural” à luz de abordagens construtivistas que tratam dos processos de criminalização. São analisadas as receitas profissionais utilizadas pelo staff da perícia criminal na tipificação de ocorrências. A pesquisa foi realizada em 2012 com base na observação de 19 “perícias de local do crime” no Rio de Janeiro. Os resultados indicam que as práticas adotadas em casos de morte típicos são diferentes das receitas profissionais seguidas pelo mesmo staff nos casos de morte atípicos. Por isso, o trabalho da perícia parece pouco contribuir para a elucidação da autoria em casos típicos de mortes classificadas como homicídios. Os resultados demonstram a desigualdade social na investigação dos homicídios.

OLHARES, XINGAMENTOS E AGRESSÕES FÍSICAS: A PRESENÇA E A (IN)VISIBILIDADE DE CONFLITOS REFERENTES ÀS RELAÇÕES DE GÊNERO EM ESCOLAS PÚBLICAS DO RIO DE JANEIRO

OLHARES, XINGAMENTOS E AGRESSÕES FÍSICAS: A PRESENÇA E A (IN)VISIBILIDADE DE CONFLITOS REFERENTES ÀS RELAÇÕES DE GÊNERO EM ESCOLAS PÚBLICAS DO RIO DE JANEIRO

Ana Paula Mendes de Miranda*
Bóris Maia**
Universidade Federal Fluminense – Brasil

Resumo: Tomando por objeto conflitos referentes às relações de gênero ocorridos em escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, pretende-se contrastar a visibilidade da temática das relações de gênero na esfera pública com a invisibilidade que tal temática adquire no cotidiano das escolas públicas. Observa-se que os conflitos que ocorrem na escola são classificados como “problemas de disciplina”, sendo muitas vezes associados a práticas de discriminação de gênero, que se manifestam como parte constitutiva das sociabilidades escolares. A partir da descrição de dois casos de conflitos de gênero, busca-se mostrar os agentes envolvidos, os discursos mobilizados e a forma institucional pela qual foram administrados pela equipe técnico-pedagógica da escola. Os dados apresentados derivam de uma pesquisa realizada em diferentes escolas públicas do estado do Rio de Janeiro, nas quais as atividades escolares foram acompanhadas a partir de trabalho de campo e observação participante.

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: A CONSTRUÇÃO DE UM PROBLEMA PÚBLICO

Disponível para download no site do InEAC o artigo – INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: A CONSTRUÇÃO DE UM PROBLEMA PÚBLICO, escrito por Ana Paula Mendes de Miranda (Professora Associada I do Departamento de Antropologia e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia – UFF, pesquisadora do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas (NUFEP) e do Instituto de Estudos… Continuar lendo INTOLERÂNCIA RELIGIOSA: A CONSTRUÇÃO DE UM PROBLEMA PÚBLICO

ASCENSÃO, QUEDA E RESSURREIÇÃO DOS INCTS

Ascensão, queda e ressurreição dos INCTs

Mais inovador programa para desenvolvimento da ciência e tecnologia agoniza.
Por Carlos Morel e Renata Hauegen

Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia foram criados há cerca de dez anos, visando fortalecer essas áreas essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país. O edital 15/2008 do CNPq, que criou o programa INCT, adotou inovações financeiras, gerenciais e organizacionais: 1- estruturado em rede virtual de laboratórios líderes no Brasil e no exterior; 2- destinado a grupos liderados por pesquisadores nível I do CNPq; 3- focado em temas de interesse nacional ou áreas prioritárias para determinados Estados; 4- financiado por um pool de recursos do CNPq, Capes, fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs) e Ministérios atuantes em áreas específicas (saúde, energia, meio ambiente, agricultura); 5- gestão, monitoria e avaliação via comitê gestor central e comitês gestores em cada INCT.

PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DA TRADIÇÃO INQUISITORIAL NO BRASIL: ENTRE DELAÇÕES E CONFISSÕES PREMIADAS, POR ROBERTO KANT DE LIMA E GLAUCIA MARIA PONTES MOUZINHO

Este artigo, fruto de pesquisa empírica, explicita o fato de que os recentes acontecimentos judiciários observados nos processos oriundos das ações penais referentes ao chamado Mensalão e da Operação Lava-Jato apenas tornaram mais transparentes e de domínio público procedimentos rotineiros da Justiça Criminal brasileira, empregados pelos tribunais no trato das infrações atribuídas às classes populares.… Continuar lendo PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO DA TRADIÇÃO INQUISITORIAL NO BRASIL: ENTRE DELAÇÕES E CONFISSÕES PREMIADAS, POR ROBERTO KANT DE LIMA E GLAUCIA MARIA PONTES MOUZINHO

Frederico Policarpo

Biografia: 

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (IFCS/UFRJ-2003), Mestrado em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF-2007), Doutorado em Antropologia pela mesma universidade(PPGA/UFF-2013), com bolsa-sanduíche para University of California, Hastings College of the Law/EUA (CAPES/2011-2012), e Pós Doutorado (CAPES-PNPD), vinculado ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia- Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos (INCT-InEAC), da Universidade Federal Fluminense. É Professor Adjunto de Antropologia no curso de Políticas Públicas, Departamento de Educação, Campus Angra dos Reis, da Universidade Federal Fluminense – IEAR/UFF. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia do Direito, atuando principalmente nos seguintes temas: consumo de drogas, controles sociais, sistema de justiça criminal brasileiro, políticas públicas de saúde dirigidas aos usuários de drogas.

Flavia Medeiros Santos

Biografia: 

Doutoranda em Antropologia pelo Programa de Pós-graduação em Antropologia na Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF). Mestre em Antropologia (PPGA/UFF), com a dissertação intitulada: “Matar o morto: A construção institucional de mortos no Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro”. Bacharel e Licenciada em Ciências Sociais (UFF). Atualmente está realizando estágio de Doutorando-Sanduíche na UC-Hastings College of the Law, San Francisco, Califórnia. É pesquisadora do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisa (NUFEP) e do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Administração Institucional de Conflitos (NEPEAC). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Teoria Antropológica e Antropologia do Direito , atuando principalmente nos seguintes temas: administração institucional de conflitos, polícia, segurança pública, saúde e mortos.

Felipe Berocan Veiga

Biografia: 

Possui Pós-Doutorado (2013-14, 2011), Doutorado (2011) e Mestrado (2002) em Antropologia pela Universidade Federal Fluminense e Graduação em Comunicação – Jornalismo (1997) pela Universidade de Brasília. É Professor Adjunto do Departamento de Antropologia – GAP/ICHF-UFF (desde 2015) e Professor Efetivo do Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal Fluminense – PPGS-UFF (desde 2012). Atua como pesquisador do Laboratório de Etnografia Metropolitana – LeMetro/ IFCS-UFRJ e do Instituto de Estudos Comparados em Administração Institucional de Conflitos – INCT-InEAC/ UFF desde o início de suas atividades. Tem experiência nacional e internacional nas áreas de Antropologia e Sociologia, com ênfase em Antropologia Urbana, Sociologia Urbana, Antropologia da Arte, Etnicidade & Estado e Ritual & Simbolismo, atuando principalmente nos seguintes temas: Etnografia Urbana, Dança Social, Música Popular, Rio de Janeiro, Festas Populares, Espaço Público, Associativismo, Grupos Étnicos, Ciganos, Fotografia e Imagem