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Os alunos da pós graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense realizam, entre os dias 11 e 14 de novembro, a XIII Jornada PPGA UFF, intitulada Reflexões Antropológicas: contribuição e desafios na construção de saberes.
Mais informçaões acesse a página do evento: https://www.jornadappgauff.com/
GRADUAÇÃO
GT01. Adversidades no Fazer Antropológico e Disputas Epistêmicas
coordenado por: Hugo Virgilio de Oliveira (UFF); Theodoro de Carvalho Teles (UFF)
GT02. Justiça e Segurança Pública
coordenado por: Rebeca Sophia Lima Azeredo (LAESP/UFF); Ana Claudia Amaral Brito (UFF)
GT03. Antropologia e Cinema: a consubstancialidade das relações de gênero, diversidade sexual, raça/etnia e classe
coordenado por: Alan de Jesus Ferreira (IFG); Helio Simplicio Rodrigues Monteiro (IFG)
GT04. Gênero, raça e sexualidade: a construção dos corpos negros a partir de uma perspectiva interseccional
coordenado por: Fillipe Alexandre Oliveira Alves (UFF); Lara Prata Miranda (UFF)
PÓS-GRADUAÇÃO
GT05. Antropologia, meio ambiente e saberes tradicionais
coordenado por: Sabrina Soares D' Almeida (INCT/InEAC/UFF e Cebrap); Yolanda Gaffree Ribeiro (PPGA/UFF e INCT/InEAC/UFF)
GT06. Imagens, memórias e lutas sociais: possibilidades da antropologia visual como ferramenta de pesquisa e aproximação em contextos de conflito
coordenado por: Ana Priscila Rezende de Carvalho (PPGA-UFF); Aiano Bemfica Mineiro (PPGCOM - UFMG)
GT07. Etnologia indígena e estudos afro-brasileiros. Concepções de identidade, etnicidade, cosmovisão, memória e território
coordenado por: Queli Baptista (UFF); Marina Santos De Miranda (UFF)
GT08. Cristianismo e espaço público: aspectos sociais e políticos
coordenado por: Lívia Rabelo (UFRJ); Ramon Teixeira da Silva (UFRJ)
GT09. Entidades espirituais, materialidades, agenciamento e experiências sensíveis
coordenado por: Cledisson Geraldo dos Santos Junior (UFRRJ); Dayanne da Silva Santos (UFRGS)
GT10. O real e o construído: a problematização da dicotomia natureza-cultura e suas derivações sob a ótica de uma virada ontológica
coordenado por: Raphael Gouvêa Rompinelli (UFJF); Rafael Siqueira Machado (UFJF)
GT11. Rituais: Simbolismos e Materialidades
coordenado por: Igor Rolemberg (PPGAS/MN/UFRJ); Lucas Bártolo (PPGAS/MN/UFRJ)
GT12. Educação, patrimônio cultural, reconhecimento e a valorização das diferenças étnicas
coordenado por: Reinaldo da Silva Guimarães (PUC Rio); Rafael da Silva dos Santos (CEFET); Luciene Gustavo Silva (Anhanguera)
GT13. Etnografias nas instituições escolares relações étnico-raciais em perspectiva
coordenado por: Maria Célia Barros Virgolino Pinto (UFPA); Patrício Carneiro Araújo (UniLab)
GT14. Entre o público e o privado: a casa como espaço de moradia, memória, sociabilidades e disputas
coordenado por: Amana dos Santos Nesimi (UFF), Caroline Martins de Melo Bottino (UFF)
GT15. Sociabilidades urbanas: pesquisando formas de se viver e experienciar as cidades
coordenado por: Ana Carla de Oliveira Pinheiro (UENF); Carine Lavrador de Farias (UENF)
GT16. Gênero, poder e espaço
coordenado por: Bárbara Cardoso (UFF); Camilla Araújo (UFF); Thuani Queiroz (UFF)
GT17. Por uma antropologia das práticas, dos saberes e das sensibilidades no campo da segurança pública
coordenado por: Marcos Verissimo (UFF); Astrid Johana Pardo (CEDERJ-CECIERJ); Betania Almeida (UFF)
GT18. Profissionais da segurança pública e do mundo direito: práticas, moralidades e saberes
coordenado por: Victória Brasiliense de Castro Pires (PPGSA-UFRJ); Perla Alves Bento de Oliveira Costa (PPGSD-UFF)
GT19. Sociabilidades e dinâmicas em ambientes virtuais, novas tecnologias e vida offline
coordenado por: Pedro Ruback da Silva (PPGA-UFF); Karina de Paula (PPGA-UFF)
GT20. A antropologia e a questão das “drogas”: controles, circuitos, movimentos, rituais e práticas
coordenado por: Yuri J. de P. Motta (UFF); Gabriel Borges da Silva (UFF)
GT21. Antropologia do Poder e da Política
coordenado por: Hully Guedes Falcão (InEAC-UFF); Gabriela de Lima Cuervo (InEAC-UFF)
GT22. Questões em Antropologia Econômica
coordenado por: Rômulo Bulgarelli Labronici (PPGA / InEAC-UFF); Fábio Medina (PPGA/UFF)
GT23. Práticas Contemporâneas de Troca, Produção e Consumo
coordenado por: Giselly Martins da Horta (PPGA-UFF); Christian Queirolo Thorstensen (PPGA-UFF)
GT24. Discursos, práticas e representações dos atores jurídico-policiais no atual contexto das políticas de acesso à justiça, administração institucional de crimes e conflitos, e promoção da cidadania
coordenado por: Michel Lobo Toledo Lima (Universidade Veiga de Almeida - UVA e INCT-InEAC); Vera Ribeiro de Almeida dos Santos Faria (INCT-InEAC)
GT25. Administração de Conflitos e Sistema de Justiça Criminal
coordenado por: Izabel Saenger Nuñez (UFF); Marcelo da Silveira Campos (UFGD); Bóris Maia (UFF)
GT26. Entre o local e o global: Oriente Médio e suas diásporas
coordenado por: Ana Clara Alves de Oliveira (PPGA-UFF); Ana Maria Gomes Raietparvar (PPGA-UFF); Júlio D`Angelo Davies (PPGA-UFF)
Nessa sexta 23 de agosto de 2019, acontece na OAB-RJ, a III Reunião Ordinária da Comissão de Defesa do Estado Democrático de Direito (CDEDD), e que contará com a participação do antropólogo e coordenado do INCT/INEAC Roberto Kant de Lima.
O evento gratuito, vai de 9 da manhã às 19h e acontece no Plenário Evandro Lins e Silva - OAB/RJ - Avenida Marechal Câmara 150, 4º andar.
Confira abaixo toda a programação do evento e outros detalhes da atividade.
Programa
8h30 - Credenciamento
9h - Abertura
Luciano Bandeira - presidente da OAB/RJ
Luis Guilherme Vieira - presidente da CDEDD
9h30 - Painel 1 - Delação premiada: histórico doutrinário
Maria Lúcia Karam
Juarez Cirino dos Santos
11h - Painel 2 - Delação premiada e seu necessário procedimento criminal
Márcio Barandier
André Nascimento
Geraldo Prado
12h30 - Intervalo
14h - Painel 3 - Delação premiada e o papel ético dos advogados
Fernanda Prates
Roberto Kant de Lima
Nélio Machado
15h30 - Painel 4 - Delação premiada e sua jurisprudência nos tribunais superiores
Antonio Saldanha Palheiro - ministro do STJ
Sebastião Reis - ministro do STJ
O nosso site reproduz aqui o artigo da socióloga Jacqueline Sinhoretto (UFSCAR), pesquisadora também vinculada ao INCT/INEAC, publicado no blog da Folha de São Paulo (https://facesdaviolencia.blogfolha.uol.com.br/2019/08/18/na-seguranca-as-opcoes-ideologicas-explicam-mais-que-o-dinheiro/).
Na segurança, as opções ideológicas explicam mais que o dinheiro
Por Jacqueline Sinhoretto*
Se há um consenso no campo da segurança pública é que não faltou investimento nas polícias, no Judiciário e no Ministério Público neste século. Os governos investiram, atenderam demandas por novos equipamentos e tecnologias, priorizaram a área. Houve investimento em formação de recursos humanos e meios técnicos.
No entanto, os resultados colhidos, de modo geral, não reduziram o medo, não pouparam vidas, não enfraqueceram o crime organizado, a não ser em projetos localizados no tempo e no espaço.
E, no momento de crise orçamentária, segurança e justiça criminal precisam de profunda discussão. Custam muito caro para um resultado que a maioria considera insatisfatório. O atual movimento de redução de alguns índices criminais no país todo não pode servir de válvula de pressão para fugirmos do debate sobre novos rumos para a área.
Até aqui, o investimento em segurança e justiça criminal apostou todas as suas fichas em duas tecnologias: policiamento ostensivo e encarceramento. E, como tecnologias sociais, sempre há outras soluções possíveis, que podem ser mais racionais e efetivas a depender de quais são os problemas a resolver.
Não se trata de recusá-las por princípio. A discussão aqui não é ideológica. As tecnologias da ostensividade e do encarceramento servem para resolver um conjunto restrito de problemas. O policiamento ostensivo é uma ferramenta para lidar com delitos que ocorrem nas ruas, em grandes aglomerados, onde há previsibilidade de condutas: colocam-se mais policiais nos locais e horários em que crimes patrimoniais são mais frequentes.
O encarceramento é uma tecnologia disciplinar que atende à necessidade de isolar pessoas por tempo determinado para que não cometam crimes enquanto estiverem detidas. Sua função ressocializadora ou de reforma moral nunca foi comprovada em nenhum lugar, e os projetos de reforma da prisão surgiram historicamente quase junto com a prisão como a conhecemos.
No Brasil, cadeias superlotadas, em que estão presas pessoas que não cometeram crimes violentos, são os locais em que o crime organizado se articulada (ao invés de ocorrer o contrário). As prisões brasileiras são um ambiente de violência extrema, que dinamizam a violência também para fora delas.
Como tecnologias têm funcionalidades, têm também custos e efeitos adversos. Os custos sociais do policiamento ostensivo são bem documentados. O principal deles é o tratamento discriminatório de grupos sociais, que nasce da probabilidade de que naquele grupo exista um número maior de delinquentes.
No mundo inteiro, como no Brasil, o policiamento ostensivo concentra-se em grupos de jovens, negros, moradores de rua e toda sorte de outsiders, como usuários de drogas, migrantes, estilos de vida alternativo. Ao trabalhar com probabilidades e vigilância de grupos e áreas, acaba por reforçar estigmas e discriminações. Também é um efeito desta tecnologia criar um distanciamento social e de confiança entre os grupos discriminados e a polícia.
No caso brasileiro, além do policiamento ostensivo produzir tratamento discriminatório, ainda está aliado às mais altas taxas de letalidade policial do mundo, o que também se reverte em alta exposição dos trabalhadores da segurança à violência.
Se essas tecnologias são limitadas e oferecem efeitos colaterais perversos, como a retórica belicista de Wilson Witzel, entre outras, nos faz lamentar mortes atrás de mortes no Rio de Janeiro, por que as políticas de segurança e justiça insistem tanto em reforçar essas respostas problemáticas?
Aí entra o caráter político-ideológico das opções políticas tomadas pelos governantes e pelas lideranças corporativas de policiais, juízes e promotores. Não importa se prender mais não resolve ou se piora o problema, se policiamento ostensivo produz tratamento discriminatório ou se as taxas de crimes aumentam. O remédio que as corporações receitam é sempre continuar expandindo o uso dessas tecnologias para todo e qualquer problema de insegurança e injustiça. Entramos em um looping que parece não ter fim mas que nos afasta de soluções efetivas e eficientes de redução de todas as violências.
Compreender esse quadro, suas causas e encontrar soluções alternativas têm sido o trabalho dos centros de pesquisa acadêmicos. A Universidade tem um papel central na agenda de reformas democráticas do Estado. E, neste contexto, para impulsionar o debate de ideias, resultados e soluções, uma centena de pesquisadores se reunirá nesta semana na UFSCar, entre os dias 20 e 22, para o “Seminário Violência e Administração de Conflitos”.
O evento ocorre num momento paradoxal: precisamos do desenvolvimento de tecnologias de redução das múltiplas violências e a pesquisa nas universidades está ameaçada por cortes de verba e perseguição ideológica. A inteligência e as soluções racionais são desvalorizadas. As lideranças políticas e corporativas se promovem com promessas ilusórias de soluções fáceis.
As universidades, que podem contribuir para a reflexão técnica sobre os rumos da segurança pública no Brasil, correm o risco de ter suas atividades paralisadas por decisões ideológicas e autoritárias. Os bolsistas estão em desespero. Bem-vindos ao drama.
Jacqueline Sinhoretto, professora de Sociologia da UFSCar e coordenadora do GEVAC (Grupo de Pesquisa sobre Violência e Administração de Conflitos).
O site do INCT/INEAC reproduz aqui o artigo da antropóloga e cientista política Jacqueline Muniz para o BRASIL DE FATO (https://www.brasildefato.com.br/2019/08/19/opiniao-or-as-mortes-estao-sim-na-sua-conta-governador-wilson-witzel/).
As mortes estão sim na sua conta, governador Wilson Witzel
Jacqueline Muniz responde ao governador do RJ sobre responsabilidade nas mortes decorrentes de intervenção policial
Assista no nosso canal do Youtube: O antropólogo Lenin Pires e o sociólogo Michel Misse conversam com o coordenador do INCT INEAC, antropólogo Roberto Kant de Lima, sobre o relançamento do histórico livro ``A polícia da cidade do Rio de Janeiro: seus dilemas e paradoxos´´, um marco nas pesquisas sobre justiça criminal e segurança pública no Brasil.
Assista ao vídeo clicando aqui.
Imagem e edição Claudio Salles - Produção Bruna Alvarenga e Breno Patrizi - LEMI - LABORATÓRIO DE ESTUDOS MULTIMÍDIA DO INCT INEAC
As antropólogas Ana Paula Mendes de Miranda e Roberta de Mello Corrêa, vinculadas ao INCT InAEC, estarão presentes no lançamento dos livros "Mapas de percepção de riscos", escrito em conjunto com a antropóloga e cientista política Jacqueline de Oliveira Muniz (UFF - INCT/INEAC) e "As crenças na igualdade", escrito por Ana Paula Miranda, Fabio Reis Mota e Lenin Pires, também pesquisadores do INCT InEAC. O lançamento acontece em Sergipe, no dia 09 de agosto de 2019, às 18h, no Memorial da Advocacia Sergipana (Sede da OAB/SE).
EQUIPE DE COMUNICAÇÃO DO INEAC
Jornalista Claudio Salles
Bolsista Bruna Alvarenga
ineacmidia@gmail.com