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O Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade de Evora, em Portugal, promove, no próximo dia 27 de junho de 2019 a CONFERÊNCIA - "A dança das regras: a invenção dos estatutos e o lugar do respeito nas gafieiras cariocas", e que terá como convidado especial o antropólogo Felipe Berocan Veiga (UFF) , pesquisador vinculado ao INCT/INEAC. A palestra versa sobre a constituição dos estatutos da gafieira, quadro de regras situado na entrada e no salão da Gafieira Estudantina, famosa casa de dança localizada na Praça Tiradentes. Buscam-se identificar os processos de construção moral das ambiências urbanas e as práticas sociais cotidianas relacionadas à dança social no Centro do Rio de Janeiro. Nesses ambientes, a ideia de respeito se impõe como categoria fundamental na conformação de um gênero particular de divertimento associado à metrópole carioca. Nesse contexto, as gafieiras promovem um encontro singular entre a dança de salão, a música dos conjuntos e orquestras e a administração familiar comandada por imigrantes galego-espanhóis. Por meio de um sofisticado quadro de regras, que define modos de vestir e de se comportar, as gafieiras dramatizam uma delicada hospitalidade altamente ritualizada e complexas relações entre os chamados mundos da arte, configurando-se como um espaço de convergência interclasse.
Mais informações sobre a conferência confira no cartaz abaixo.
A Revista Forum publicou nesse fim de semana entrevista com a professora Jacqueline Muniz, pesquisadora também vinculada ao INCT/INEAC.
Professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), antropóloga e cientista política diz que o desmanche das UPPs possibilitaram a "neomiliciazão do Rio de Janeiro", que voltaram a financiar carreiras políticas
Professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), antropóloga e cientista política, Jacqueline Muniz disse em entrevista a Renato Rovai, editor da Fórum, que muitas agremiações religiosas são montadas com o intuito de se tornarem lavanderias do dinheiro do crime angariado pelas milícias no Rio de Janeiro.
“Lavanderias do dinheiro do crime passa por agremiações religiosas. Onde é que você vai lavar o dinheiro do crime, você vai usar as agremiações religiosas porque cada uma delas tem um CNPJ. Então você pode criar uma casa de oração ali na esquina, lavar o dinheiro do crime e com isso também produzir intolerância religiosa, destruição de terreiros nas comunidades populares”, disse a especialista em segurança pública, que contou, em entrevista à Fórum a história das milícias, ou o que ela chama de comandos armados.
Segundo ela, a formação desse grupos armados para controle territorial é histórica e o desmanche das UPPs possibilitaram a “neomiliciazão do Rio de Janeiro”.
“As UPPs significavam prejuízo para as economias criminosas e boa parte das carreiras políticas, tanto do político local ao Senado, que financiavam a carreira com esse dinheiro”, disse ela, sobre o movimento de instalação das milícias nas comunidades periféricas do Rio, que começou nos anos 80.
Jacqueline Muniz ressalta que a formação de grupos armados para controles territoriais é muito comum “quando não se tem controle sobre os meios de força (forças armadas e polícias)”.
“Sempre que você tem governos débeis, incapacidade de governar e controlar a polícia, o fenômeno da milícia emerge. Quem dá o alvará de funcionamento para os domínios territoriais armados é o Estado, são setores do governo. É como se o Estado terceirizasse suas funções”, diz ela.
Confira o vídeo da entrevista no link abaixo:
Ainda, os casos por mim acompanhados raramente eram de repercussão. Ou seja, se tratavam de processos que, por suas características, não mobilizavam, de modo particular, os agentes que fazem o sistema de justiça criminal funcionar. Significa dizer que, em contraste com os personagens da “Lava Jato”, aqueles acusados eram considerados muito menos relevantes, pois supostos autores de crimes comuns ou corriqueiros e, ainda, por não se tratarem de personagens proeminentes. Tinham, possivelmente também por isso, suas liberdades habitualmente barganhadas. Lá, no dia-a-dia do sistema de justiça criminal, era a convivência ordinária, a pressa para dar fim às lides, reduzindo, por consequência, o volume dos processos, que fornecia subsídios morais para a violação de certos preceitos basilares do processo penal.
O LEMI- LABORATÓRIO ESTÚDIO MULTIMÍDIA DO INCT/INEAC transmitirá todos os evento. Para assistir acesse a Fan Page do INCT InEAC : https://www.facebook.com/inctineac/
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O NUFEP, Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas da UFF, dentro da semana de comemorações da ANTROPOLOGIA DA UFF, também vai promover atividade comemorativa nesse mês de junho. Na próxima quarta-feira, dia 12 junho será realizado o seminário de 25 anos do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisa (NUFEP) no auditório do Bloco "P" do Instituto de Ciências Humanas e Filosofia (ICHF) da Universidade Federal Fluminense (UFF).
O LEMI- LABORATÓRIO ESTÚDIO MULTIMÍDIA DO INCT/INEAC transmitirá o evento. Para assistir acesse a Fan Page do INCT InEAC : https://www.facebook.com/inctineac/
Ou o canal do Youtube: https://www.youtube.com/c/ineac . Acesse, curta, se inscreva e compartilhe: seja um militante da difusão científica.
Confira abaixo a programação abaixo:
10h - 13h
Mesa Encontros e perspectivas interdisciplinares: a formação do NUFEP
14h - 17h
Mesa O NUFEP na atualidade
18h
Conferência de Encerramento - João Baptista Borges Pereira (USP)
Abrindo o calendário de comemorações da ANTROPOLOGIA DA UFF, na próxima segunda e terça-feira, dias 10 e 11 de junho de 2019, acontece no Campus do Gragoatá da UFF, o Seminário em comemoração aos 25 anos do Programa de Pós Graduação em Antropologia da Universidade Federal Fluminense (PPGA/UFF).
Veja abaixo a programação do evento que acontecerá no Auditório do Bloco "P" do ICHF, no Campus do Gragoatá da UFF, Niterói - RJ.
PROGRAMAÇÃO:
Data: 10 e 11 de junho (segunda e terça-feira)
Local: ICHF/UFF
10 de junho
10h - 13h A formação do PPGA e o balanço dos seus 25 anos
15h - 18h Olhares entrecruzados e a internacionalização do PPGA
11 de junho
14h - 17h Dimensões contemporâneas na avaliação da pós-graduação em antropologia no Brasil nos últimos 25 anos.
O LEMI- LABORATÓRIO ESTÚDIO MULTIMÍDIA DO INCT/INEAC transmitirá o evento. Para assistir acesse a Fan Page do INCT InEAC : https://www.facebook.com/inctineac/
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Jornalista Claudio Salles
Bolsista Bruna Alvarenga
ineacmidia@gmail.com